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I Permasul- Nossa participação 2

Na semana passada compartilhamos nossa participação no I Permasul- Convergência de Permacultores do Sul do Brasil, contando brevemente como vivemos este lindo momento, e disponibilizando a apresentação da Suzana Maringoni “Permacultor: protagonista da própria vida”.

Hoje, conforme publicado, compartilhamos o texto base da palestra do Jorge Timmermann “Diálogo entre teoria e prática”. Lembramos que estas publicações são apenas base para uma palestra de uma hora, assim, propomos o diálogo na área dos comentários.

Diálogo entre teoria e prática

Jorge Timmermann

Bom dia! Como sabem, eu sou Argentino, e lá tive a base da minha formação, seja na graduação em Biologia, nas pós graduações como entomólogo, microbiólogo e ecólogo, e numa primeira fase de vida profissional como professor universitário e outros projetos. Ou seja, toda a minha vida de Biólogo-Ecólogo (1970-1995), teve em seu seio a discussão da importância da teoria e a prática.

Nos últimos anos, (1995-2019), desde que passei a viver no Brasil, meu perfil profissional mudou um pouco com permacultura, e esta preocupação não tem sido diferente. Mas a “polarização” à respeito segue, com defensores de ambos o lados , por um lado a prática, dita a “mão na massa!”, como se ela fosse suficiente para adquirir conhecimento… E, por outro lado, espremendo-se virtudes da teorização como que fosse um nível superior do saber.

Duas posições extremas que não reconhecem o valor central do saber, apoiado tanto no método científico como na teoria do conhecimento, que é a criação de modelos mentais teóricos, no que diz respeito a determinados conhecimentos e logo a práxis, ou prática, que nos leva a confirmar os supostos teóricos.

Sempre entendi esta dicotomia (teoria e práxis) como o resultado de uma discussão espúria e que não trazia nada de bom para os afazeres, seja numa pesquisa científica ou na plantação de um canteiro.

A construção do saber humano se dá por vários caminhos possíveis e são vários os métodos que fazem à obtenção de conhecimento. Como se aprende algo? Temos uma diversidade de “modelos”, a saber:

Autoritarismo e misticismo, racionalidade e empirismo, ceticismo e pragmatismo, como assim também da amorosidade e a intuição.

Então, qual a serventia de estabelecer hierarquia entre teoria e prática? Elas são dissociáveis?

Na verdade foi numa leitura oportuna, num livro do Dalai Lama, que li uma apreciação ao respeito deste tema focada na visão taoista:

Teoria sem Prática é Vazia.

Prática desvinculada da Teoria é Perigosa.

Vários foram os causos, icônicos, que me levaram a ter uma visão própria e pessoal sobre este tema, e que me levou a identificar-me com estas afirmação do Dalai Lama.

E depois, a partir de 1998, sobre a Permacultura e o movimento permacultural. Será que os permacultores desenvolvemos: Uma prática? Uma teoria? Uma disciplina? Uma carreira? Uma Arte? Uma Ciência? Uma Filosofia? Um Movimento?

Para ilustrar o que quero dizer, vou narrar alguns casos icônicos que vivi deste processo, e que me levaram a questionar esta dicotomia (ou nem tanto) entre prática e teoria.

Causo” um:

Ainda como graduando em Biologia pela Universidad Nacional de Córdoba, e me preparando para o TCC final, foi ao Congresso Nacional da Doença de Chagas (Argentina, 1975) em que me apareceu o primeiro choque de realidade.

Na época já participava, totalmente iludido, da visão biológica à respeito do controle de pragas, no caso a escola de DeBach*. Para nós o tratamento e controle de pragas devia ser biológicos e integrados. Estávamos diametralmente opostos ao uso de pesticidas e venenos que já estavam em voga nos anos ’60 e ’70, em plena revolução verde.

Assim sendo, estava eu participando neste congresso, como representante da Universidade Nacional de Córdoba e junto a Dra. Mireya M. de Brewer, professora de entomologia, com o intuito de fazer conhecer e convencer os dirigentes do Serviço Nacional de Chagas para o uso de microhimenópteros parasíticos (vespinhas, no caso Telenomus fariaii C.Lima*) de ovos de barbeiro (Triatoma infestans), como forma de luta e controle das populações de barbeiros nas áreas endêmicas Argentinas.

O que eu não tinha percebido, na minha ingenuidade, é que nesta oportunidade os Japoneses presentes eram da empresa Sumitomo e queriam vender o Sumitión como substituto do Malatión, veneno vendido pelos Norte Americanos. Esta era uma briga de cachorro grande e por muitos milhões de dólares… E eu estava no meio com minhas vespinhas…

Foi meu professor de Zoologia I, Dr. Jorge W. Abalos que me iluminou:

Jorge… tolinho… perceba que mais pessoas vivem da doença de Chagas, do que as que morrem.”

Isto foi demolidor… entendi!!!

O Problema não é Biológico.

No campo da especulação teórica o uso dos parasitas era perfeito!!! Não havia dúvidas…

No pragmatismo do pensamento econômico, era ridículo.

Causo” dois:

Um tempo depois e no mesmo contexto de pesquisas do controle biológico de pragas, estava eu buscando larvas de mariposas que atacavam a soja (Rachiplusia nu, Lapidoptera, Noctuidae). Sabia, por leitura de publicações da área, que existia uma variedade de doenças que afetam Lepidópteros (mariposas). Foi através dos contatos da Universidade com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) que consegui permissão para observar e recolher larvas nas áreas de cultivo experimental. Foi nestas incursões em que me deparei e descrevi o ataque do Bacillus turingiensis (Bt) à larvas de Lepidópteros nos cultivos de soja na província de Córdoba, Argentina. Sabia então da presença do Bt… Agora faltava conhecer o seu poder destrutivo na população de mariposas. Deste modo idealizei um ensaio prático: “vou pulverizar um meio rico em Bt numa parcela experimental de cultivo de soja, lá no INTA”. Isto poderia ser, no caso de dar certo, pelo menos revolucionário!!!.

Consegui a permissão, me outorgaram uma parcela de cultivo e fiz a experiência.

Pulverizei os meus Bacillus!!!… três dias depois volto para avaliar os resultados. Para a minha surpresa fui barrado na porteira do INTA…

Você não entra mais aqui!!!

O que foi?

Tinha cometido um erro técnico… O dia da minha prática esta lindo, mas ventoso! Ou seja, pulverizei em um dia com vento forte. Minha solução, cheia de Bacillus, se espalhou por outras áreas de testes com inseticidas e diversos venenos em teste.

Matei todas as larvas de mariposas!!

E todos os outros estudos e testes foram para o beleléu!

Para mim um êxito absoluto…

para os interesses de venda de agrotóxicos um perigo mortal.

Aqui ficou claro como uma prática despossuída de um completo marco teórico, que justifique e avalie amplamente as suas consequências, pode ser muito perigosa. Ainda que tenha mostrado o funcionamento do Bt, pensemos em outros experimentos, a prática sem esta avaliação de amplas consequências, resulta hoje, por exemplo, em morte em massa de abelhas, entre outros.

Já desiludido, de que não adianta brigar contra interesses econômicos e políticos com técnicas biológicas ou físicas, que melhorem a qualidade de vida das pessoas sem contaminar nem degradar os ecossistemas, fui encaminhando-me para a área e disciplina da ecologia.

Entendíamos que a realidade está nos ecossistemas e só uma visão holística que conectasse a sociedade, a economia e o ambiente poderia criar um modelo de desenvolvimento que fosse para o bem estar das pessoas e do ambiente em todos os níveis. Desta forma, junto a um grupo de pesquisadores, passamos a atuar dentro de um contexto novo que se definia, na época – finais de 1970, como “Ecodesenvolvimento”.

O desenvolvimento entendido como um tripé em que se considera o arranjo equilibrado entre:

sociedade-economia-ambiente.

Causo” três:

Passaram-se alguns anos, e já adentrados nos ’80, organizamos um grupo de trabalho interestadual, com representantes de várias universidades públicas do centro e noroeste da Argentina. A ideia era criar um corpo de propostas técnicas que permitissem o Ecodesenvolvimento do setor da agricultura familiar estabelecida nas áreas marginais do árido e semiárido Argentino.

Assim se criou o “Programa Algarrobo”. Estas árvores (Algarrobos, Prosopis sp), são os dominantes ecológicos nos remanescentes florestais nas regiões áridas e semiáridas do noroeste argentino. No nosso entender foram e voltariam a ser os articuladores da economia e qualidade de vida nas áreas marginais, já que esta leguminosa tem muitas funções e produtos: forrageira para animais e alimento humano, restauradora de solo, madeira, etc. Nosso trabalho consistia, em primeira instância, em reconhecer os potenciais dos Algarrobos para melhorar os solos e o seu manejo em sistemas agrosilvopastoris. Logo passaríamos à etapa de difusão e implantação de unidades experimentais que mostrassem suas virtudes e a forma de manejo no território.

Uma das primeiras atividades seria desenvolver viveiros de mudas de Algarrobos, com o intuito de implantação em campo para conhecer o seu manejo e desenvolvimento; para em seguida, iniciar a plantação no campo e comparação com os talhões dos espécimenes nativos locais.

A nossa base conceitual se nutria em apreender as técnicas e tecnologias dos nossos ancestrais nestas regiões do país e entender os processos de degradação ambiental e humano. Depois, seria conectar e agregar a este conhecimento os saberes da ciência moderna, num diálogo e entre saberes populares e o saber acadêmico .

O nosso trabalho final consistiria em criar um novo arranjo de estes saberes e práticas e devolvê-los aos agricultores como ferramenta para a proposta de ecodesenvolvimento.

No meio desta vertiginosa atividade, e com toda a euforia da juventude, saímos como novos quixotes a espalhar nossos conhecimentos e absorver os saberes locais…

Foi numa pequena comunidade, no “meio do nada” no semiárido da província de Catamaca, que a realidade se mostrou nua e crua…

Estava eu numa comunidade bastante mesclada de espanhóis e aborígenes, ou como dizem aqui, populações caboclas, explicando as virtudes dos Algarrobos, as vantagens do seu uso, na plantação maciça, para a recuperação dessas terras degradadas e a proposta de fazermos viveiros de mudas para os plantios, etc… Depois de todo o nosso discurso entusiasmado de jovens profissionais, a palavra passa para o “cacique” local. Ele nos enche de agradecimentos, elogios pela exposição e sapiência, ressalta a importância do plantio de árvores… Mas em seguida fez uma careta e nos contou:

Sabe, doutor, aqui os Algarrobos são plantados pelo cu dos bois.”

Claríssimo!!! A natureza, os ecossistemas e os povos locais, sabem o que fazer. As populações alimentam os animais com as vagens de algarrobos, e as sementes, pré germinadas, saem nas fezes, onde encontram umidade e nutrientes para seu primeiro crescimento. Perfeito!

Este “causo” sempre aparece à minha frente, em todas as vezes que eu falei:

Não faça isso… que degrada!” ou “ Não faça aquilo que contamina!”

Todas as vezes que me perguntaram: Então como faço? Que vou comer? De que vou viver? A resposta costumeira era: “Não sei… mas não faça isso”.

Com isso, estava se construindo claramente o ECOCHATO de galocha, o acadêmico fora do contexto, o teórico sem noção de prática.

Quanta sabedoria nessa práxis local!!!! Assim ia se configurando o caminho a seguir:

Se juntamos o saber local, o pragmatismo ancestral com o saber científico atual, seguramente que poderemos criar ferramentas de desenvolvimento eficientes e seguras. Ou como resgatamos o falado no início: a complementação que faz a construção do conhecimento pelas diferentes maneiras de aprender.

Segui com minhas inquietações e tentativas de dialogar entre teoria e prática durante muitos anos de atividade profissional e atuação.

Foi com a minha chegada ao Brasil, no ano de 1995, que me deparei com dois conceitos que fizeram a diferença neste diálogo:

Permacultura e Desenvolvimento Endógeno

Permacultura: para ilustrar , algumas definições dos seus criadores

Apesar de a permacultura não ter a capacidade de mudar a trajetória da nossa civilização, ela é certamente uma das linhagens de continuidade cultural que pode permitir aos nossos descendentes sobreviver ou mesmo ter uma boa vida ao longo de nosso futuro de decrescimento energético”.

Eu acredito que a permacultura é a base conceitual mais robusta e dinâmica para ajudar famílias e comunidades a desenharem e reformarem suas paisagens, habitats e comportamentos para um futuro de decrescimento energético.”

A história julgará se a academia, governos e corporações ajudaram ou atrapalharam o caminho próspero para baixo.”

David Holmgren (Discurso de aceitação do Doutorado – CQU (Central Queensland University) Abril 2017)

Ou ainda, a importância de uma das frases famosas de Bill Mollison:

Apesar de os problemas do mundo serem cada vez mais complexos, as soluções permanecem vergonhosamente simples”.

Bill Mollison

Desenvolvimento endógeno:

O desenvolvimento não é uma questão meramente econômica

“Desenvolvimento se constrói, não se importa”.

Trabalhar junto aos atores locais. Atores locais são as pessoas e seus saberes no seu território. “

Dr.Marcos Borba

Assim, estes dois conceitos, me levaram a trilhar num novo caminho, proativo e com mais certezas do que dúvidas frente àquela pergunta “então, o que e como faço?”.

O Curso de Design em Permacultura PDC, é um curso que provoca o “start” o despertar a uma atitude criativa para a construção de uma alternativa humanizada numa sociedade de decrescimento energético.

A Permacultura apareceu como uma luva que cobria o meu saber acadêmico/racional com uma nova camada de orientação prática para a resolução de problemas, ela respondia a todas as perguntas do “Como fazer?”.

A Permacultura, com sua metodologia de design definida num conjunto de princípios, e sua ética irredutível, me deu um norte onde orientar as minhas atividades futuras. Ou seja, propôs um diálogo constante entre teoria, estudo e prática. Uma não vem antes da outra, é uma relação dialética, vão JUNTOS. Afinal, não é assim que aprendemos e construimos conhecimento?

Teoria e Prática foram então os passos metodológicos empregados, no dia a dia junto aos parceiros, nesta caminhada dos últimos 20 anos.

No começo desta caminhada, numa época em que a Permacultura era conhecida como “Perma-o-que?”, criamos o Instituto de Permacultura AustroBrasileiro, (IPAB, 1999); estratégia esta que nos permitiu ter respaldo institucional e representação, por ser um Instituto, fazendo parte da fundação e desenvolvimento da Rede Brasileira de Permacultura (RBP, 2000), que incluia o IPA, IPEC, IPAB, IPEP, a revista Permacultura Brasil e depois o OPA.

No seio do IPAB discutíamos, junto aos parceiros Pedro Marcos Ortiz e Jaime Rodrigues, os caminhos e realizações possíveis no âmbito da Permacultura, no contexto da agricultura familiar do sul do Brasil, trabalhando majoritariamente com agricultores e pequenos municípios do interior, e dando alguns PDCs em áreas urbanas.

Muitas foram as realizações “práticas” com que coroamos as nossas expectativas “teóricas” junto aos atores locais, com cursos para agricultores, cooperativas, sindicatos,APAE, movimentos sociais, escolas técnicas, e também muitas construções de cisternas, minhocários, canteiros em quintais, hortas e banheiros secos em escolas do interior, por exemplo. Assim com a figura do IPAB (1999-2004) fomos construindo a presença da Permacultura no sul; fundamentalmente em Santa Catarina.

Neste processo de amadurecimento foi sendo marcante a percepção, na Permacultura, de quanto ela era uma extensão da ecologia, falávamos que a Permacultura é ecologia na prática.

No decorrer dos anos em que a Permacultura ia se consolidando no Brasil, apareceu um novo viés que era enxergá-la como outra opção genuína nas expressões da contra cultura Brasileira. Neste outro enfoque ficava anacrônica a estruturação das relações, entre os permacultores através de instituições, que engessam e pretendem ser hegemônicas ditando as regras de jogo. Nós, do IPAB, que nunca tínhamos criado uma estrutura física que nos amarrasse, nem nos obrigasse a ter financiamento externo, nos achávamos totalmente livres para decidir o nosso futuro, ao sabor dos ventos que sopravam rumo à libertação e promoviam a prática do livre arbítrio.

Assim sendo, após anos de trabalho, e com a ampliação, para além dos limítes do sul, do grupo de permacultores solidários e parceiros de práticas e ideais, fizemos uma reunião em São José do Cerrito, onde o grupo decidiu criar e desenvolver uma rede de pessoas. Esta rede propunha a reunião não mais instituições rígidas, e sim permacultores que trocassem experiências e orientassem as ações futuras. Desta forma se extingue o IPAB e aparece a Rede Permear de Permacultores, onde a grande “cola” era a amizade e as ações dos permecultores, num espaço de troca sobre as vivências e estudos – novamente espaço de aprendizagem onde dialoga teoria e prática.

Estes anos vivendo a permacultura, dialogando com atores de diferentes contextos, tanto urbanos, como rurais, vou reconhecendo a importância de se ter um profundo conhecimento das disciplinas que dialogam e compõem a Permacultura, e considero esta como uma genuína expressão da transdisciplinaridade, tomando conhecimento dos conteúdos disciplinares e transitando entre eles e além deles. Assim vamos juntos, construindo a Permacultura.

Nossa atividade como permacultores se reflete numa imensa quantidade de iniciativas que se espalham pelo território Brasileiro. Temos indivíduos, famílias e grupos de famílias que se estabeleceram e cocriaram espaços (em muitos casos chamados de “Estações de Permacultura”), que são os primórdios de amostra do que poderá ser num futuro a alternativa de convívio cooperativo entre comunidades e meio.

Voltamos à pergunta inicial: Será que nós, permacultores, desenvolvemos Uma prática? Uma teoria? Uma disciplina? Uma carreira? Uma Arte? Uma Ciência? Uma Filosofia? Um Movimento?

A Permacultura é Movimento como expressão da mobilidade e aceitação social; é Filosofia na medida em que explicita e define princípios éticos irredutíveis frente aos seus afazeres cotidianos; não é uma Ciência porque transcende nela o enfoque e visão transdisciplinar, usa os conteúdos e métodos disciplinares, transita entre estes e vai além deles; e podemos dizer que é Arte: “por que pode ser entendida como uma atividade humana ligada às manifestações de ordem estética e/ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens tais como: ecologia, arquitetura, agricultura, psicologia, filosofia, físico-química, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança, teatro e cinema, em suas variadas combinações”, é Prática e Teoria na medida em que desenha sistemas vivos, reflete, aceita feed back, faz conexões.

No grupo da Permear tínhamos algumas frases que refletiam o que queríamos viver: “o que não é divertido, não é sustentável”, e “a permacultura não existe, existem os permacultores”. Então, a minha convicção é de que o viver a permacultura é muito divertido, sigo fazendo grandes amigos nela… Permacultura envolve um diálogo constante entre teoria e prática, numa construções de saberes e fazeres naquela conexão sujeito – saberes- território, de atores locais e “estrangeiros”. E que o que realmente importa e impactará o mundo, são todos e cada um dos exemplos vivos, de pessoas construindo seus espaços e vida num Design para Permanecer neles, por várias gerações. Sejamos , cada um, a mudança que queremos, vivendo a permacultura, neste grande diálogo constante que é a vida.

* DeBach da Universidade de Berkeley, California,USA

**Dr. Costa Lima sita este microhimenoptero (Telenomus Fariaii C.Lima) como possível uso no controle do barbeiro (Triatoma infestans), num artigo publicado do Instituto Osvaldo Cruz no ano de 1927.

 

 

Autor:

Um casal de permacultores participantes de um projeto coletivo, construindo sua casa, seu espaço e a sustentabilidade..

2 comentários em “I Permasul- Nossa participação 2

  1. Que rico discurso!!!
    Lí com muito interesse e de um só golpe desde o início até o fim e voltei ao ponto inicial para fazer tudo novamente.

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