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A varanda- terras e pilares

A postagem de hoje começa com a foto deste bichinho, que anda como se medisse palmos: abrindo, esticando e fechando o palmo! Ao começar um novo passo faz este Ômega! Sinal do infinito! E seu andar lento, buscando onde firmar suas extremidades para dar o passo ilustra nosso caminhar nesta construção da casa da montanha: passos pequenos, que à vezes parecem demorar muito para chegar ao objetivo…mas segue: INDO!

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Nesta semana nos dedicamos à duas tarefas lentas: espalhar a terra na varanda, dando o nível da mesma e começar o trabalho com os pilares da varanda.

O primeiro piso já com ares de “como vai ficar” foi um trabalho de picareta e enxada, feito pela Isabel e Suzana numa manhã. Como havia terra sobrando, bastou retirar onde havia muito e ir espalhando onde era preciso, e principalmente ao lado dos alicerces feitos nas semanas anteriores, mas como havia sido muito compactada pelo nosso caminhar e trabalhar sobre este espaço, a picareta se fez necessária!

Na foto abaixo, Su e Bel, uma com a picareta que soltava a terra e a outra com a enxada espalhando a terra solta- obviamente com muitas piadas e conversas no meio do caminho!.

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Enquanto isso, perto da casa mãe, Jorge e Cecília preparavam os pilares, medindo, cortando e fazendo os encaixes para a viga que irá suportar o peso do telhado. Estes pilares de 2m de comprimento foram trazidos para a obra de caminhonete e colocados na varanda com a ajuda de todos: Isabel, Mariani, Cecília, Suzana e Jorge. Na foto abaixo os pilares no chão e a piso da varanda já com a “cara de varanda”- é incrível como o simples nivelar do piso faz com que o espaço tome uma amplidão …

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A “linha” da varanda!

Nestas semanas estamos preparando um Curso de Design em Permacultura -PDC- que será no sítio Raízes em São José do Cerrito na semana da Páscoa, por este motivo também nesta última semana não estivemos em Yvy Porã. O espaço do Sítio Raízes onde moram Elusa, Elena e Pedro Marcos, é uma estação de permacultura onde foi realizado um curso de construção da Zona 1 em 2003. De lá para cá, com o esforço deles a zona 1 veio sendo terminada e agora sediará seu primeiro PDC entre agricultores de Cerrito e municípios vizinhos e também algumas pessoas de fora.

Na foto abaixo Suzana e Jorge no sítio Raízes.

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Assim, e também entre uma e outra chuva seguimos- a passos lentos- mas constantes!!!! Jorge acompanhado de Cecília e Rovi seguiu fazendo os alicerces da varanda. Este é um trabalho árduo, que pouco aparece ou rende, mas que é fundamental para a casa: é a base, é o pé no chão! Nesta foto Jorge assentando as pedras seguindo a linha conferindo com a régua de pedreiro sob o olhar de Rovi.
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Começando a varanda!

Para podermos seguir a obra e a prioridade de colocarmos a cobertura, precisamos fixar os 3 pilares de leste, para podermos fazer o telhado de toda a zona desde o sul, onde já colocamos um triângulo, até o Norte, lembrando que nesta área toda já temos as paredes feitas.

Na foto abaixo as linhas mostram o lugar onde estará a varanda e seus pilares.

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Alicerces e estrutura

A casa na montanha tem a forma de um octógono expandido nos lados leste e oeste. É um loft, com um banheiro e uma lavanderia. Nossa proposta é fazer a casa com nossas mãos, dentro da energia e tempo que dispomos e usar ao máximo os materiais locais. Assim as paredes são de terra, os pilares de madeira local (eucalipto citriodora), etc.

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Para os alicerces, nas sapatas e vigas usamos tiras de bambu fazendo a mesma função que o ferro faria, amarrando a casa- o chamado bambucreto. Sobre elas fizemos uma camada de pedras, cabeços, uma material comum na região, e que foi comprado. Estes cabeços atuarão como isolantes, e sobre eles vem as paredes de taipa socada.

Na foto abaixo, Jorge e Cecília verificando nossos alicerces, pode-se ver os bambus dentro das sapatas e nos pilares.

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Os pilares são de eucalipto- tínhamos eucalipto citriodora com mais de 30 anos na propriedade, que foram cortados e parte feitas tábuas e vigas e parte deixados roliços para serem usados em pilares.

Discutimos muito se os pilares seriam enterrados, ou não… Enterrar daria uma grande estabilidade para ir levantando as paredes… Mas por outro lado, teríamos a “ameaça” desta madeira apodrecer (em 10, 15 ou 20 anos?)… Pensamos que ai então estaríamos muito velhinhos para trocar pilares, ou então seríamos “chingados” pelos filhos por deixarmos um problema… Decidimos assim, que apenas o pilar central seria enterrado, já que fica no centro da casa, num local mais resguardado de infiltrações e, caso ocorra algum problema, é o mais fácil de solucionar (uma mão francesa resolve!).

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Na foto acima Tade, Jorge André e Jorge dando o prumo ao pilar central da casa, enterrado 1m +10% da altura (preciosa dica do Zé Carlos, parceiro de Yvy e engenheiro com anos de experiência na construção de linhas de eletrificação).

Assim, os pilares estão apoiados em um ferro, concretado no alicerce e ficam no meio das camadas de pedra ( acima da primeira).

Esta foto foi em fevereiro de 2007 – pois nosso final de 2006 foi muito atribulado, com algumas pedras de outras espécies no caminho…Assim, nossa obra retomou o ritmo mesmo a partir do verão de 2007.

Nela trabalhamos nós, Jorge e Suzana, Cecilia Lenzi, nossa amiga, jovem permacultora, arquiteta de plantão. A proposta é que Cecília faça um relato técnico sobre o sistema construtivo que estamos aprendendo, para que outras pessoas possam se apropriar desta experiência, como exemplo de coisas possíveis de serem feitas com os mínimos recursos e apenas o nosso tempo!

Outros amigos e voluntários aparecem para aprender fazendo! Nesta etapa nossos parceiros foram, em especial o Tadê, Jorge André e Marco Aurélio.

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