Depois do êxito do aquecedor de água com lenha na Casa da Montanha, seguindo em parte a teoria do rocket stove, decidimos realizar o mesmo na casa mãe. Tudo foi quase igual: a estrutura básica de tijolos, assentados com barro e açúcar, grade e porta de ferro fundido e boiler de aço inóx reutilizado.
Só que não consideramos um dos aspectos fundamentais na construção de um fogão, que é o dimensionamento da chaminé. Explicando melhor. Usamos um boiler que havíamos comprado nos inícios do sitio Yvy Porã. Este tinha um diâmetro muito pequeno na saída da chaminé (5-7 cm), uma saída adequada para queimar gás, mas não para queimar lenha. Porém só percebemos este erro com o tempo.
Instalamos o aquecedor e com apenas alguns dias de uso ele entupiu, começando a jogar fumaça pela porta. Imaginamos que poderia ser um problema de lenha molhada, ou mau uso… No entanto, durante o PDC de 2013, verificamos que ele entupiu, ficando cheio de uma fuligem muito densa e dura que inviabilizou o seu uso.
Como sempre, aprendemos através de erros e sua correção. Agora sabemos, na prática, que uma chaminé para um queimador a lenha, ainda que seja um rocket, que queima melhor, precisa de uma vazão determinada e esta não pode ser menor do que 12 cm de diâmetro.
Para um queimador de gás, por exemplo, que queima sempre com chama azul e não cria fuligem, podemos usar uma chaminé com uma vazão bem menor e assim aproveitar melhor o calor gerado na combustão.
O que fazer com o sistema de aquecer água para banho na casa mãe? A alternativa de usar gás, no caso propano/butano, não é coerente com a nossa visão de diminuição no uso e queima de combustíveis fósseis. Frente a estes fatos ficou a compreensão de que teríamos que trocar o boiler e reformar a instalação de água (possivelmente para adaptá-la ao novo recipiente) com o consabido desânimo que isto produz. Mas… vejamos o contexto em que estamos, será que nele não existe outra solução para o problema?
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