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Morangos na horta

Uma horta é um espaço de produção de alimentos, sejam eles verduras, legumes, frutos e frutas. Assim, em Waikayu decidimos que uma parte dos canteiros será dedicada ao cultivo de morangos.

Morangos gostam de frio, de sol, de água (porém com bom dreno) e de solos ácidos. Os frutos não podem ficar em contato com a terra, pois logo se apodrecem com a umidade. Assim, é preciso fazer uma boa camada que isole os frutos da terra.

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Poda de parreiras no sítio Raízes

No final do inverno é hora de podar frutíferas, como já foi publicado aqui no blog. Temos a honra de compartilhar a vida e aprender com outros permacultores, e quem nos segue dando aulas sobre parreiras, entre tantas outras coisas é o Pedro Marcos, permacultor de São José do Cerrito, na serra catarinense. Assim, a postagem de hoje é uma aula detalhada sobre poda de parreiras.

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Parreiras necessitam de podas todos os anos, já que as frutas crescem nos ramos do ano. A forma da parreira é dada por esta poda. Depois de frutificar, no outono a planta perde todas as folhas e fica parecendo uma cabeleira de galhos.

Pode-se estruturar o parreiral em espaldeiras, como mostramos nas postagens de Yvy Porã, isto é, nesta estrutura as plantas formam uma estrutura vertical, como um candelabro.

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No parreiral do Pedro e Elusa, no sítio Raízes, as parreiras são latadas, isto é, a estrutura é horizontal, quer dizer, as plantas crescem e formam como um telhado afastado do chão.

Podar não é uma ciência exata, é mais intuitiva e prática, de observar e ir associando forma x função, assim, a cada tanto, é preciso uma poda mais radical, para corrigir erros de anos anteriores. assim foi a poda deste ano! Vamos à aula!

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Lua minguante de fim de inverno= manejo de frutíferas

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Nos ciclos da natureza, novamente chegamos à ultima lua minguante dos meses sem R, anunciando o fim do inverno. 2015 vem sendo um inverno de El Niño, bastante quente, e aqui no sul, alternando períodos com mais chuva e depois um tempo de seca. Assim , que aproveitando a lua minguante de agosto, fizemos a poda e manutenção das nossas frutíferas- parreiras, pêssegos, caquis, pera e cítricos.

A planta, como todos os seres vivos, tem uma série de hormônios, no nosso caso interessa olhar dois deles em especial: o do crescimento e o da frutificação. Nos galhos que vão para cima, num crescimento vertical, quem domina é o hormônio de crescimento, fazendo galhos e folhas.

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Nos galhos mais horizontais, quem predomina é o hormônio de floração , e por consequência a frutificação. Assim a poda visa ir dando a forma à planta, para favorecer a frutificação.Na foto abaixo um pessegueiro antes da poda.

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E depois da poda:

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O Confrei e os fungos das frutíferas

Temos muitas e variadas frutíferas na nossa zona 2, e a cada tanto, alguma delas apresenta fungos. Uma planta importante de cultivar na zona 1 é o confrei, pois além de tratar plantas afetadas por fungos, também tem grandes propriedades medicinais para uso externo em contusões, entorses, fraturas, etc. Esta é uma planta muito rústica, que se multiplica por raiz, ou mesmo pelas folhas com o caule.

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Primavera! A vida e a reação das plantas

No inverno fizemos todo um manejo das frutíferas, publicado neste blog. Agora, que a primavera definitivamente se apresenta, com chuvas fortes, aumento da temperatura, achamos interessante fazer uma postagem sobre como as plantas reagiram rapidamente ao tratamento recebido.

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Além das podas, fizemos uma adubação com esterco de vaca, já curtido, e colocamos palhada nos pés de cada planta.

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Podando as frutíferas

Fim de inverno, lua minguante, época de preparar a primavera que se aproxima com a poda das frutíferas, já que a seiva das plantas está na raiz, com diriam os antigos… Todos os membros de Yvy Porã juntos, convidamos Pedro Marcos, Eluza e Elena, permacultores parceiros do sítio Raízes, para um fim de semana de trabalho. Mas São Pedro resolveu que o fim de semana não teria sol, e no sábado o grupo dedicou-se ao convívio, conversas, jogar, aquelas coisas que amigos fazem em um dia de chuva. O domingo amanheceu cinza, mas pelo menos sem chuva, e, ainda que com duas baixas, lá fomos nós para nossa aula de campo!

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Por que podar? Como podar? A poda é uma maneira de interagir com a planta, para que ela produza mais. Como nos ensinou Pedro, olhe a planta e veja o que ela te diz!  As podas são distintas em cada espécie, num caqui, por exemplo, ela pode ser provocativa, fazendo com que a planta frutifique, na uva, sem poda, terás lenha, perda de energia e poucos frutos, nas ameixas e pêssegos a planta em forma de taça permite a entrada de sol e mais frutos, nos cítricos, a poda é de limpeza de galhos secos ou que cheguem ao chão, acerolas, abacates não necessitam de podas…

Nesta postagem mostraremos as podas que fizemos em Yvy na saída do inverno de 2013, em cada espécie frutífera. Mãos à obra!

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Inverno- época de cuidar das frutíferas

No inverno todos nós nos recolhemos, pelo frio, por menos tempo de luz. Assim as plantas aqui em Yvy Porã, sul do Brasil, também diminuem seu crescimento, algumas perdem as folhas , ficando em dormência até a primavera. Este é um bom momento de cuidar das mudas, refazendo as panelas de plantio e podas necessárias.
Nas frutíferas iniciamos com uma carpida superficial para a retirada das gramíneas que crescem ao redor de cada planta, isto é importante para diminuir a concorrência pelos nutrientes na área das raízes superficiais de cada muda. O cuidado é que a enxada não chegue às raízes, apenas  retire a grama.

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Araucárias e pinhões – riquezas naturais

Visitar parceiros permacultores é sempre um prazer, uma festa, um aprendizado. Novamente subimos a serra, até o planalto catarinense para visitar nossos amigos do Sítio Raízes, e como estamos na época do pinhão, fruto da araucária, esta postagem mostra um pouco da cultura do pinhão, com dados de cultivo e a colheita deste fruto tão apreciado aqui no sul do Brasil.

A araucária (Auracária angustifolia) é a conífera brasileira, também conhecida como pinheiro do Paraná, tem uma forma linda, como se fosses braços saudando os céus. Como conífera, suas folhas sofreram adaptações para suportar as geadas, elas são como pontas de flecha, triangulares, duras, espinhentas. Estas folhas se fixam em galhos secam e que caem periodicamente, e são chamados grimpas. As grimpas são usadas para acender o fogo, pois queimam bem e rapidamente. Nas culturas dos indígenas do sul, os Xokleng, kaigangs, e bem mais ao sul, os araucanos (Araucária araucana), o pinhão era a farinha, base de muitos pratos que se faziam com este rico e calórico fruto, que na sua origem produzia muito mais farinha do que os campos de trigo plantados pelos europeus. Esta herança passou para os tropeiros que colonizaram o planalto catarinense, levando as tropas de mulas e bois, do Rio Grande do Sul para Sorocaba, em São Paulo. Várias são as receitas, como pinhão cozido, assado na fogueira (a sapecada de pinhão), a paçoca (pinhão moído , e depois misturado com linguiça, carne de porco, temperos verdes e cebola), o entrevero (pinhões inteiros com frango, linguiça, pimentão, cebola, cenoura).

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Cultivos e árvores – SAFs

A permacultura propõe a organização da propriedade através de uma metodologia de design, que nada mais é um projeto ao longo do tempo, considerando as características do local, como relevo, clima, orientação solar, etc, e também a energia do trabalho que as pessoas colocam, de acordo com isto, se organizam setores e zonas. A zona zero é a casa, a zona 1, o entorno da casa, com sua produção de alimentos, criação de pequenos animais, minhocário, etc. Nestas duas zonas é onde ficamos a maior parte do tempo e onde se gasta grande parte da nossa energia na forma de trabalho. A zona 2 são as frutíferas e algum cultivo de alimentos, também próximo à casa. Depois vem a zona 3, com cultivos anuais, as “roças” de grãos, criação de animais em maior escala, pastos, etc. Finalmente vem a zona 4, onde copiamos a floresta, recriamos as florestas, com diferentes manejos segundo seja o enfoque; podemos ter florestas de lenha, madeira, mães escolhidas para sementes, etc. Por último a zona 5, nossa sala de aula, a Floresta… Em muitas propriedades é apenas possível ter até a zona 2 ou 3, pelo seu tamanho. Na figura abaixo o design feito em 2006 para a casa da Montanha.

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