Quando se fala em casas ecológicas um ponto que sempre levanta questões e dúvidas é o tratamento de efluentes, principalmente sobre o sanitário. Na Casa da Montanha, desde o início planejamos a construção de um banheiro seco ou o chamado sanitário compostável. Este sanitário é uma proposta onde os resíduos (fezes e eventualmente urina) se misturam com serragem e na reação Carbono+ Nitrogênio ocorre a compostagem, transformando fezes em adubo. Uma das questões que aparece é sobre os modelos e os custos da construção do banheiro, sua funcionalidade, se tem cheiro, etc etc… Bem, a Casa da Montanha tem como princípio a emissão Zero, ou seja, sermos responsáveis pelo lixo ou efluente que produzimos, isto é, devolver a natureza produtos limpos: esgoto vira composto- ou como dizem “COMBOSTO”…
Fizemos o banheiro no corpo da casa, para respeitar a questão de praticidade e conforto, e pensamos numa estrutura menor e mais simples do que as tradicionais, com duas câmaras para a compostagem. Fizemos uma câmara simples, com uma bombona de plástico dentro, que irá recolher o material. Mas um ponto é fundamental: a FUNCIONALIDADE. Para isto é preciso rigor no projeto: deve compostar, deve não ter cheiro e deve ser agradável esteticamente, porém nesta ordem! a estética segue a função e não o contrário!
Nosso banheiro seco fica no corpo da casa, na face oeste. Ele será um modelo simples, com uma rampa bem íngreme (mais de 45º) que cai numa câmara fechada, com paredes de tijolo maciço e tampa de metal pintado de preto. Desta cãmara sai uma chaminé que puxa os odores para cima. Na foto abaixo o começo do buraco, a tábua simula a rampa.

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