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Araucárias e pinhões – riquezas naturais

Visitar parceiros permacultores é sempre um prazer, uma festa, um aprendizado. Novamente subimos a serra, até o planalto catarinense para visitar nossos amigos do Sítio Raízes, e como estamos na época do pinhão, fruto da araucária, esta postagem mostra um pouco da cultura do pinhão, com dados de cultivo e a colheita deste fruto tão apreciado aqui no sul do Brasil.

A araucária (Auracária angustifolia) é a conífera brasileira, também conhecida como pinheiro do Paraná, tem uma forma linda, como se fosses braços saudando os céus. Como conífera, suas folhas sofreram adaptações para suportar as geadas, elas são como pontas de flecha, triangulares, duras, espinhentas. Estas folhas se fixam em galhos secam e que caem periodicamente, e são chamados grimpas. As grimpas são usadas para acender o fogo, pois queimam bem e rapidamente. Nas culturas dos indígenas do sul, os Xokleng, kaigangs, e bem mais ao sul, os araucanos (Araucária araucana), o pinhão era a farinha, base de muitos pratos que se faziam com este rico e calórico fruto, que na sua origem produzia muito mais farinha do que os campos de trigo plantados pelos europeus. Esta herança passou para os tropeiros que colonizaram o planalto catarinense, levando as tropas de mulas e bois, do Rio Grande do Sul para Sorocaba, em São Paulo. Várias são as receitas, como pinhão cozido, assado na fogueira (a sapecada de pinhão), a paçoca (pinhão moído , e depois misturado com linguiça, carne de porco, temperos verdes e cebola), o entrevero (pinhões inteiros com frango, linguiça, pimentão, cebola, cenoura).

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Noroeste da Argentina- casas de adobe e paisagens especiais

Neste julho fizemos uma viagem ao Noroeste da Argentina, uma região pouco conhecida dos brasileiros, de uma beleza natural impressionante, com formações rochosas de cores infinitas e com um papel importante na história da independência Argentina. Na foto abaixo a chegada à Purmamarca na província de Jujuy.

Num clima semiárido e árido, onde as chuvas ficam num regime menor a 200mm por ano, o povo que ali habita aprendeu com seus ancestrais, quéchuas e aimarás, como sobreviver neste ecossistema. A cada curva, a cada nova paisagem nos surpreendemos e lembramos de cada parte de um curso de permacultura, na leitura de paisagens, nos cultivos, nas construções, por isso resolvemos fazer esta postagem, para mostrar um pais vizinho tão lindo e tão desconhecido por nós… Nesta foto o nevado de Cachi, e o vale do rio Calchaquí.

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Suco de uva no Sítio Raízes

A Permacultura segue uma ética resumida em três pontos:

Cuidar da Terra

Cuidar das pessoas

Compartilhar excedentes, restringindo o consumo.

ser permacultor é buscar viver  de acordo com esta ética, e neste caminho, faz-se amigos, compartilha-se vida.

Todos os anos, no fim do verão, compartilhamos com a família dos amigos Elusa e Pedro Marcos a experiência de fazer suco de uva na estação de permacultura Sítio Raízes, no planalto catarinense. Isto já foi publicado aqui mas neste ano , como presente nosso a eles, fizemos um pequeno video, mostrando não só o processo, mas contendo falas do Pedro e Elusa, sobre a proposta desta atividade.

Então, novamente, compartilhamos com os amigos virtuais mais um pequeno video.