Publicado em Estrutura, Paredes de taipa, Telhado

Sete de setembro- sábado

No sábado seguimos no nosso mutirão!

Uma das boas coisas de se compartilhar o construir um espaço, é que cada um possa ver e vivenciar atividades distintas num mesmo dia… Na nossa proposta de construir a “casa em gomos” neste final de semana, fizemos alicerces, peneiramos terra, levantamos paredes, colocamos pilares e ainda chegamos ao telhado, tratando com linhaça os caibros colocando-os no lugar. Quer dizer, do “chão ao teto” fizemos um pouquinho de tudo!

Neste dia, Gardel e Simone, nossos “quase vizinhos ” do sítio Curupira, e Carol, do Pronera, estavam programados para nos visitar, além da turma que estava lá: Tomaz, Lara, Cecilia, Rodrigo, Edla, Zeca, Suzana e Jorge.

Infelizmente, Gardel veio sozinho, mas chegou cedinho e logo fomos para a obra!

Socar paredes, e fazer um pequeno trecho do alicerce para podermos colocar mais um pilar, o que fecha a face Norte, foi a tarefa do grupo neste dia. Edla resolveu “atacar” e reformar os canteiros da casa Mãe, no qual plantamos no final do dia mudas de olerícolas trazidas por ela. O resto do pessoal foi todo para a obra…

Na foto abaixo, Zeca, Gardel fazendo o alicerce com as pedras para fixar o pilar:

alicercezegardel.jpg

Esta parede é onde temos o maior desnível do solo em relação ao contra-piso da casa. Assim, é um lugar onde os cabeços de pedra são colocado com seu lado maior “na vertical”, ou seja, com o paralelepípedo “de pé”, o que dá um certo trabalho! Nosso alicerce é feito de um baldrame de concreto, amarrado pela cinta de bambucreto, e duas fileiras de pedras. A primeira ficará sob o contrapiso, a segunda será o nosso rodapé, para fazer com que as peredes de taipa fiquem acima das batidas da vassoura, respingos de líquidos, etc. Depois de dar o nível da segunda pedra que será o rodapé da casa passamos à etapa de colocação do pilar.

A tarefa de colocar o pilar é uam atividade coletiva onde um controla e “guia o grupo” para encaixar o pilar no ferro de espera, os outros fazem força e levantam o eucalipto já cortado na medida desejada.Todas as madeiras da obra foram cortadas em agosto de 2006, quer dizer, estão bem secas.

sobepilar.jpg

Depois de colocarmos o pilar, fixando-o com o pé de galinha, passamos às paredes, terminando a da porta de entrada e iniciando a da face sudoeste.

No final do dia a foto com Cecilia, Lara, Tomaz e Gardel em frente a nossa nova parede – a quinta do octógono. Esta parede tem uma porta que dá para a lavanderia. Como a parede ficou muito comprida, resolvemos colocar ainda um outro caibro, para que a parede a ser socada tenha apenas 80 cm de largura. Paredes menores “sobem mais rápido”, as formas menores podem ser manejadas apenas por uma pessoa e a sua contratura também é menor.

gardelcicatolara.jpg

Nossa, quanta coisa fizemos juntos! E nosso mutirão ainda tinha mais um dia de trabalho- o domingo!

Autor:

Um casal de permacultores participantes de um projeto coletivo, construindo sua casa, seu espaço e a sustentabilidade..

8 comentários em “Sete de setembro- sábado

    1. Olá, Antonio
      O Pé de galinha é uma estrutura de APOIO para os pilares que estão sendo levantados. Esta estrutura sairá depois… São 3 madeiras que colocadas ao redor do pilar ajudam-no a não cair e a ficar na posição que devem estar até que os apoios das paredes e vigas sequem ou sejam fixadas.

    2. Olá, Antonio
      O Pé de galinha é uma estrutura de APOIO para os pilares que estão sendo levantados. Esta estrutura sairá depois… São 3 madeiras que colocadas ao redor do pilar ajudam-no a não cair e a ficar na posição que devem estar até que os apoios das paredes e vigas sequem ou sejam fixadas.

  1. Ola Jorge!
    Poderia me dar algumas dicas sobre o bambucreto?
    Utilizou alguma tecnica para melhorar a “pega” do bambu no concreto, como arame farpado, piche com areia?
    Vi algumas recomendações quanto a impermiabilização do bambu, para evitar expandir dentro do concreto. Voces adotaram alguma tecnica para isso?
    Grato

    1. Luis , usamos bambucreto nos alicereces da casa da Montanha, sem nenhum preparo, já que ele ficava todo dentro do concreto . Usamos como cinta, já que o bambu é excelente na tração.

    1. Oi, Wagner… tudo bem?
      Aqui estamos bem também.
      Respondendo à sua amável pergunta:
      Em geral usamos cascalho ou pedra pulmão para alicerces, e cabeços para rodapé; segundo a região e dependendo da rocha mãe no subsolo, serão de granito ou basalto.
      Abraço

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